fevereiro 02, 2010

As Aldeias do Passado e do futuro

É comum ouvirmos que “é importante conhecer a
História para não repetir erros do passado”. Mas, quando
o assunto é extinção, a coisa fica complicada, pois quem
participou da História não viveu para contar. Civilizações
inteiras desapareceram. Um exemplo é a civilização maia, tida
como avançadíssima em matemática e astronomia. O que terá
acontecido?
Se você não acredita em abdução em massa, convido a
uma análise de possibilidades. Houve guerras? Êxodos? Dentre
diversas explicações, uma vem ganhando adeptos: por terem se
desenvolvido rapidamente, a ponto de os recursos disponíveis
não serem mais capazes de se renovar e suportar o ritmo de
exploração, os maias ficaram, de forma fatal, sem alimento e
sem água.
Há sérias evidências de que suas avançadas técnicas de
cultivo e irrigação promoveram o esgotamento do solo da região
de Yucatán, provocando erosões e mudanças nas chuvas. Os
desequilíbrios decorrentes podem ter sido fator determinante
para a extinção desse povo – arrebatado pela gripe espanhola,
outro grave fator de desequilíbrio ecológico.
Hoje estamos a repetir o erro, mesmo que avisados pela
História. Parece que não nos convencemos do rumo que damos
ao planeta e, na dúvida, a inércia nos impulsiona. Ao menos, no
Brasil, o impulso tem sido por energia renovável! Isso é negócio
inteligente.
A sustentabilidade tem que apoiar decisões empresariais
– não por ser algo politicamente correto, mas porque o
consumidor começa a exigir isso nos produtos e serviços que
consome. Temos, então, dois fortes motivos para buscar a
sustentabilidade: manter vivos e competitivos os negócios e
manter vivos os consumidores, ou seja, nós mesmos.

Felipe Jané Bottini
Economista
sócio da Green Domus Desenvolvimento Sustentável

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