janeiro 23, 2012

Quatro mentiras sobre o ambiente

 
 
A civilização que confunde os
relógios com o tempo,
o crescimento com o desenvolvimento,
e o grandalhão com a grandeza,
também confunde
a natureza com a paisagem
 
 
 
1- Somos todos culpados pela ruína do planeta.
A saúde do mundo está feito um caco. “Somos todos responsáveis”, clamam as vozes do alarme universal, e a generalização absolve: se somos todos responsáveis, ninguém é. Como coelhos, reproduzem-se os novos tecnocratas do meio ambiente. É a maior taxa de natalidade do mundo: os experts geram experts e mais experts que se ocupam de envolver o tema com o papel celofane da ambiguidade.
Eles fabricam a brumosa linguagem das exortações ao “sacrifício de todos” nas declarações dos governos e nos solenes acordos internacionais que ninguém cumpre. Estas cataratas de palavras – inundação que ameaça se converter em uma catástrofe ecológica comparável ao buraco na camada de ozônio – não se desencadeiam gratuitamente. A linguagem oficial asfixia a realidade para outorgar impunidade à sociedade de consumo, que é imposta como modelo em nome do desenvolvimento, e às grandes empresas que tiram proveito dele. Mas, as estatísticas confessam.
Os dados ocultos sob o palavreado revelam que 20% da humanidade comete 80% das agressões contra a natureza, crime que os assassinos chamam de suicídio, e é a humanidade inteira que paga as consequências da degradação da terra, da intoxicação do ar, do envenenamento da água, do enlouquecimento do clima e da dilapidação dos recursos naturais não-renováveis. A senhora Harlem Bruntland, que encabeça o governo da Noruega, comprovou recentemente que, se os 7 bilhões de habitantes do planeta consumissem o mesmo que os países desenvolvidos do Ocidente, “faltariam 10 planetas como o nosso para satisfazerem todas as suas necessidades”. Uma experiência impossível.
Mas, os governantes dos países do Sul que prometem o ingresso no Primeiro Mundo, mágico passaporte que nos fará, a todos, ricos e felizes, não deveriam ser só processados por calote. Não estão só pegando em nosso pé, não: esses governantes estão, além disso, cometendo o delito de apologia do crime. Porque este sistema de vida que se oferece como paraíso, fundado na exploração do próximo e na aniquilação da natureza, é o que está fazendo adoecer nosso corpo, está envenenando nossa alma e está deixando-nos sem mundo.


2- É verde aquilo que se pinta de verde.
Agora, os gigantes da indústria química fazem sua publicidade na cor verde, e o Banco Mundial lava sua imagem, repetindo a palavra ecologia em cada página de seus informes e tingindo de verde seus empréstimos. “Nas condições de nossos empréstimos há normas ambientais estritas”, esclarece o presidente da suprema instituição bancária do mundo. Somos todos ecologistas, até que alguma medida concreta limite a liberdade de contaminação.
Quando se aprovou, no Parlamento do Uruguai, uma tímida lei de defesa do meio-ambiente, as empresas que lançam veneno no ar e poluem as águas sacaram, subitamente, da recém-comprada máscara verde e gritaram sua verdade em termos que poderiam ser resumidos assim: “os defensores da natureza são advogados da pobreza, dedicados a sabotarem o desenvolvimento econômico e a espantarem o investimento estrangeiro.”
O Banco Mundial, ao contrário, é o principal promotor da riqueza, do desenvolvimento e do investimento estrangeiro. Talvez, por reunir tantas virtudes, o Banco manipulará, junto à ONU, o recém-criado Fundo para o Meio-Ambiente Mundial. Este imposto à má consciência vai dispor de pouco dinheiro, 100 vezes menos do que haviam pedido os ecologistas, para financiar projetos que não destruam a natureza. Intenção inatacável, conclusão inevitável: se esses projetos requerem um fundo especial, o Banco Mundial está admitindo, de fato, que todos os seus demais projetos fazem um fraco favor ao meio-ambiente.
O Banco se chama Mundial, da mesma forma que o Fundo Monetário se chama Internacional, mas estes irmãos gêmeos vivem, cobram e decidem em Washington. Quem paga, manda, e a numerosa tecnocracia jamais cospe no prato em que come. Sendo, como é, o principal credor do chamado Terceiro Mundo, o Banco Mundial governa nossos escravizados países que, a título de serviço da dívida, pagam a seus credores externos 250 mil dólares por minuto, e lhes impõe sua política econômica, em função do dinheiro que concede ou promete.
A divinização do mercado, que compra cada vez menos e paga cada vez pior, permite abarrotar de mágicas bugigangas as grandes cidades do sul do mundo, drogadas pela religião do consumo, enquanto os campos se esgotam, poluem-se as águas que os alimentam, e uma crosta seca cobre os desertos que antes foram bosques.


3- Entre o capital e o trabalho, a ecologia é neutra.
Poder-se-á dizer qualquer coisa de Al Capone, mas ele era um cavalheiro: o bondoso Al sempre enviava flores aos velórios de suas vítimas… As empresas gigantes da indústria química, petroleira e automobilística pagaram boa parte dos gastos da Eco-92: a conferência internacional que se ocupou, no Rio de Janeiro, da agonia do planeta. E essa conferência, chamada de Reunião de Cúpula da Terra, não condenou as transnacionais que produzem contaminação e vivem dela, e nem sequer pronunciou uma palavra contra a ilimitada liberdade de comércio que torna possível a venda de veneno.
No grande baile de máscaras do fim do milênio, até a indústria química se veste de verde. A angústia ecológica perturba o sono dos maiores laboratórios do mundo que, para ajudarem a natureza, estão inventando novos cultivos biotecnológicos. Mas, esses desvelos científicos não se propõem encontrar plantas mais resistentes às pragas sem ajuda química, mas sim buscam novas plantas capazes de resistir aos praguicidas e herbicidas que esses mesmos laboratórios produzem. Das 10 maiores empresas do mundo produtoras de sementes, seis fabricam pesticidas (Sandoz-Ciba-Geigy, Dekalb, Pfizer, Upjohn, Shell, ICI). A indústria química não tem tendências masoquistas.
A recuperação do planeta ou daquilo que nos sobre dele implica na denúncia da impunidade do dinheiro e da liberdade humana. A ecologia neutra, que mais se parece com a jardinagem, torna-se cúmplice da injustiça de um mundo, onde a comida sadia, a água limpa, o ar puro e o silêncio não são direitos de todos, mas sim privilégios dos poucos que podem pagar por eles. Chico Mendes, trabalhador da borracha, tombou assassinado em fins de 1988, na Amazônia brasileira, por acreditar no que acreditava: que a militância ecológica não pode divorciar-se da luta social. Chico acreditava que a floresta amazônica não será salva enquanto não se fizer uma reforma agrária no Brasil.
Cinco anos depois do crime, os bispos brasileiros denunciaram que mais de 100 trabalhadores rurais morrem assassinados, a cada ano, na luta pela terra, e calcularam que quatro milhões de camponeses sem trabalho vão às cidades deixando as plantações do interior. Adaptando as cifras de cada país, a declaração dos bispos retrata toda a América Latina. As grandes cidades latino-americanas, inchadas até arrebentarem pela incessante invasão de exilados do campo, são uma catástrofe ecológica: uma catástrofe que não se pode entender nem alterar dentro dos limites da ecologia, surda ante o clamor social e cega ante o compromisso político.

4- A natureza está fora de nós.
Em seus 10 mandamentos, Deus esqueceu-se de mencionar a natureza. Entre as ordens que nos enviou do Monte Sinai, o Senhor poderia ter acrescentado, por exemplo: “Honrarás a natureza, da qual tu és parte.” Mas, isso não lhe ocorreu. Há cinco séculos, quando a América foi aprisionada pelo mercado mundial, a civilização invasora confundiu ecologia com idolatria. A comunhão com a natureza era pecado. E merecia castigo.
Segundo as crônicas da Conquista, os índios nômades que usavam cascas para se vestirem jamais esfolavam o tronco inteiro, para não aniquilarem a árvore, e os índios sedentários plantavam cultivos diversos e com períodos de descanso, para não cansarem a terra. A civilização, que vinha impor os devastadores monocultivos de exportação, não podia entender as culturas integradas à natureza, e as confundiu com a vocação demoníaca ou com a ignorância. Para a civilização que diz ser ocidental e cristã, a natureza era uma besta feroz que tinha que ser domada e castigada para que funcionasse como uma máquina, posta a nosso serviço desde sempre e para sempre. A natureza, que era eterna, nos devia escravidão.
Muito recentemente, inteiramo-nos de que a natureza se cansa, como nós, seus filhos, e sabemos que, tal como nós, pode morrer assassinada.----------------------------------------
 
 
* Eduardo Hughes Galeano, jornalista e escritor uruguaio. É autor de mais de quarenta livros, que já foram traduzidos em diversos idiomas. Suas obras transcendem gêneros ortodoxos, combinando ficção, jornalismo, análise política e História. Sua obra mais famosa é o livro “Veias Abertas da América Latina”.
Fonte: http://ponto.outraspalavras.net/2011/05/17
 

janeiro 14, 2012

Pet reciclado pós-consumo chega às embalagens de refrigerantes

Fico muito feliz com estas notícias, tudo pelo bem estar de todos e de Gaia.

Fonte:  http://networkedblogs.com/pAJCi

Retalhos de chicao , veja que legal!

Cesto multiuso feito com retalhos de chita, artesanato em tecido Adoro chita, e quem não gosta? Colorida, divertida, bem brasileira, cai bem em muitos projetos. Eu estava com alguns retalhos de chita no atelier e decidi fazer uma cesta multiuso, porque a gente sempre precisa pra alguma coisa, concordam? 

Tinha visto esse tutorial em algum lugar e me lembrei do quanto achei gracioso. Acho que vocês também vão gostar. E atentem para o detalhe: você podem usar qualquer tipo de tecido até camisetas velhas cortadas em tiras. O que vale é explorar estampas e cores.

Como fazer

Prepare o material para o cesto multiuso: retalhos de tecido do seu gosto cortados em tiras de uns 4cm e cordão. Eu escolhi usar sobras de chita mas você pode usar o que tiver à mão ou comprar meio metro de chita para esse projeto. Prepare o material para o cesto multiuso
Use cordão entrelaçado para a estrutura do cesto Eu usei cordão entrelaçado, com 0,5cm de diâmetro que encontramos facilmente em lojas de aviamentos. Para um cesto de 15 cm de altura e 15 cm de diâmetro você vai precisar de 6 metros de cordão. Existem várias espessuras, escolha a que melhor lhe convier e ajuste as quantidades.
Costure a tira de chita na ponta do cordão em diagonal. Faca uma costura bem reforçada. Costure a tira de chita na ponta do cordão
Continue enrolando os retalhos em volta do cordão Continue enrolando os retalhos em volta do cordão, sempre em diagonal, e a cada 30cm dê alguns pontos para manter tudo bem firme.
O cordão vai ficar todo revestido. No final costure bem e arremate normalmente. O cordão vai ficar todo revestido
Comece enrolando a base do cesto Comece enrolando a base do cesto costurando uma volta do cordão na outra. Use ao mesmo tempo cola de tecido para fixar as partes enquanto enrola. Os pontos de costura vão ajudar a dar sustentação à estrutura.
Quando chegar no diâmetro desejado comece a subir as laterais. Eu fiz a base com 6 voltas. Ao levantar a volta seguinte, dê mais pontos para reforçar.  Quando chegar no diâmetro desejado comece a subir as laterais
Continue subindo as laterais do cesto de retalhos Continue subindo as laterais do cesto de retalhos usando a cola de tecido para facilitar a montagem e reforçando com costura simples. Continue até atingir a altura desejada.
Para terminar posicione a ponta do cordão para dentro do cesto, como na imagem. Para terminar posicione a ponta do cordão para dentro do cesto.
Costure a ponta final na volta anterior do cordão Costure a ponta do cordão na volta de baixo com pontos bem firmes. Arremate e pronto.
Aí está o meu cesto multiuso feito com retalhos de chita. Estou usando para guardar meus pincéis, mas nem vou dizer de quantas maneiras podemos aproveitar essa dica, de tantas que são. Aí está o meu cesto multiuso feito com retalhos de chita
O cesto multiuso pode ser usado para muitos objetos Dicas
  • Vocês podem colocar alças em seus cestos se desejarem. Use o mesmo cordão em três tiras juntas costuradas nos dois lados.
  • Faça outros cestos em vários diâmetros e alturas e monte um conjunto para a mesa de escritório.
  • Esse cesto fica perfeito também para embalagens de presente e cestos de páscoa, experimentem.

Taí mais um projetinho que eu adorei o resultado. Ficou muito bonito e tenho certeza de que vocês também vão gostar de fazer.

Fotos e passo-a-passo: Cris Turek
Fonte:  http://www.viladoartesao.com.br/blog/


janeiro 11, 2012

O futuro do nosso planeta Terra



O movimento pela preservação do meio ambiente que    antes era apenas uma preocupação de poucos, nos últimos anos tem sido uma alerta global. A idéia que se tinha da infinidade dos recursos e de sua abundância, levou o homem durante séculos a depredar a natureza e interferir no seu equilíbrio ambiental. Hoje, tem crescido a necessidade da humanidade compreender como o ciclo ambiental funciona, pois o futuro de nossa sociedade está na dependência do próprio homem aprender a viver sem danificar a natureza.

O ser humano sempre transforma e desperdiça mais recursos naturais do que o meio ambiente consegue repor. O aquecimento global, as variações e catástrofes climáticas e a escassez dos recursos hídricos, são algumas das principais conseqüências da poluição dos rios, do solo, da degradação dos biomas, do desmatamento, das queimadas e do uso abusivo dos recursos naturais pelo homem. 


A ONU (Organização das Nações Unidas),  estima que em menos de 30 anos cerca de dois terços da humanidade pode vir a passar sede.
Acredita-se que num futuro bem próximo, a principal guerra será por água. É esse o futuro que queremos, desejamos para as próximas gerações?!

A sobrevivência do homem depende diretamente da preservação do meio ambiente. É preciso não só refletir, mas criar o hábito de preservar. Tudo se inicia com atitudes simples, como o plantio de uma árvore por cada pessoa, o uso racionalizado dos recursos não renováveis, a prática da coleta seletiva, a reciclagem, que não só amenizam o aquecimento global, como contribuem para a sobrevivência de espécie humana. 


Atitudes como a de uma empresa que foi criada em Barreiras, cidade do interior da Bahia, que recolhe ou até mesmo compra garrafas PET usadas para serem reutilizadas como matéria-prima na fabricação de vassouras ecologicamente corretas, podem fazer toda a diferença. É preciso reeducar as pessoas e conscientizar as crianças da importância de se preservar. Não queremos viver em um planeta onde parte clama por chuva, e outra morre afogada. Dessa forma, cabe ao homem, como um ser provocador de mudanças, interferir em seus próprios atos, difundir atitudes de preservação e lutar pela
sobrevivência de um planeta.

Juliana Gabrielle

Amigos queridos, um novo ano chegou e com ele nossa responsabilidade pelo bem estar do planeta e dos homens. 

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