junho 27, 2011

Avelós - uma planta aliada contra o câncer.


AVELÓS: Mais um aliado contra o câncer
Avelós (Euphorbia tirucalli)
O avelós, planta muito comum no Nordeste do Brasil, tem propriedades anticarcinogênicas, antiasmáticas, antiespasmódicas, antibióticas, antibacterianas, antiviróticas, fungicidas e expectorantes. Também é purgativo e anti-sifilítico.


A parte usada da planta é o látex, que quando puro irrita a pele e os olhos (por isso deve-se manter o avelós longe de crianças e animais), mas dissolvido em água o látex é indicado para tratamento de tumores cancerosos e pré-cancerosos.
O látex puro é perigoso para os olhos, podendo até cegar, e também pode provocar hemorragia.

MODO DE USAR
Extraia três gotas de uma haste carnuda e coloque em um copo com água pura. Tome uma colher de sopa dessa água de quatro a seis vezes ao dia. Nos casos de tumores, esse tratamento deve ser feito durante muitos meses.

A Cura do Cancer pelo Avelóz.
Conheça o livro "O Poder das Plantas em Sua Vida" para uma melhor Qualidade de Vida. Site: www.opoderdasplantas.com.br , é só clicar no fruto mamão.
Saúde: Uma Questão de Estílo de Vida? Pense nisso!!!


“Nos testes in vitro a droga funcionou bem contra as células do câncer, em seguida testamos em ratos e cachorros e depois em pacientes terminais da doença e que já utilizaram outras drogas. Nesses casos também tivemos resultados positivos. Não é uma panaceia que vai curar todos os tipos de cânceres. Temos sim um produto brasileiro que vai ser uma ferramenta muito boa nas mãos dos médicos para o tratamento de diversos tipos da doença”, disse o farmacêutico e coordenador da pesquisa, Luiz Pianowski.
Durante essa primeira fase, começaram a surgir surpresas com relação à eficácia da droga. Uma paciente terminal de câncer e outras quatro pessoas que serviram de cobaias tiveram não só uma estabilização do quadro clínico, como também a redução das dores que a doença provoca. “Descobrimos uma molécula do avelós que é potente no combate à dor, por isso a droga também pode ser utilizada como analgésico e anti-inflamatório. Além da ação de conter ou reduzir o avanço da doença através de um processo chamado apoptose celular”, explicou Luiz Pianowski.

Apoptose é uma espécie de suicídio celular programado e no caso do AM-10, ele induz, aparentemente, apenas a destruição das células cancerígenas. “Diferente do que acontece na quimioterapia, que destrói, inclusive, as células humanas, deixando os pacientes mais debilitados. Essa droga é menos lesiva porque vai direto na célula do câncer”, disse o farmacêutico.
Com isso, a droga tem o potencial para, caso não haja a regressão, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor.
Essa primeira fase de testes já foi concluída e a previsão da equipe de Luiz Pianowski é que a segunda etapa já comece em julho. O tratamento será realizado em seis hospitais do Brasil – nenhum deles no Nordeste – inicialmente com 160 pessoas e busca descobrir a dose melhor tolerada pelos pacientes.
“Um possível efeito colateral é a diarreia, então tentaremos ver a dose máxima que podemos dar sem que isso se torne um problema. Dependendo do resultado, poderemos pular a terceira fase dos testes, que geralmente é feita com pacientes que não estejam com a doença em estado muito avançado”, explicou Pianowski.
A partir daí, os cientistas vão buscar aprovação da droga para que chegue ao comércio já no próximo ano. “Geralmente as pesquisas para a criação de novos medicamentos duram em média dez anos, mas graças à eliminação da burocracia e aos investimentos feitos por um empresário nordestino – os custos estão ente R$25 milhões e R$27 milhões – conseguimos diminuir esse tempo”, disse Luiz Pianowski.

Outra vantagem, segundo o farmacêutico, é o custo do medicamento. Apesar de ainda não existir um preço de comércio definido para a droga, o farmacêutico acredita que o valor seja mais em conta do que os medicamentos atuais, que podem chegar até R$13 mil.
Não são todos os pacientes que podem participar dos testes. É preciso que essas pessoas se enquadrem no protocolo de procedimento feito nos hospitais que vão realizar os testes. Que quiser tirar dúvidas sobre os testes pode mandar um e-mail para os seguintes endereços:
secretaria@amazoniafitomedicamentos.com.br e
 secretaria@pianowski.com.br.

junho 26, 2011

Café e Arte


Apesar de muitos pensarem que fazer um bom café é uma arte creio que poucos imaginavam que existia de facto a "arte no café". Latte Art é precisamente a capacidade de efectuar desenhos ou padrões em espuma... Sedutor...


junho 20, 2011

Moderna Barbárie


Por Erick Dau em 16/06/2011

A Revista Veja, que circula num país onde 40 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, ou fome, segundo o IBGE, estampou na capa de uma de suas últimas edições a figura de Thor Batista, herdeiro da oitava maior fortuna do mundo, os tantos bilhões de Eike Batista, empresário famosíssimo no Brasil. Entre elogios e adjetivos, a revista enaltece o rapaz de 20 e poucos anos que terminou a escola por meio de um supletivo e trancou a matrícula da faculdade particular ainda no primeiro período, por considerá-la “puxada” demais. Isso tudo apesar das fartas condições financeiras que o sustentam desde o berço – e que são responsáveis, entre outras coisas, por seu carro de 1,3 milhão de reais, comprados com o dinheiro vindo do próprio esforço de aplicar na bolsa o dinheiro do pai. No sistema capitalista financeiro mundial é assim: quanto mais você tem, mais fácil é ter. Mesmo apesar de toda esta cansativa atividade que rende milhões, o rapaz quer trabalhar mais: vai abrir um conglomerado de baladas no Rio de Janeiro, “comandar a noite carioca”. E como se não bastasse o tremendo fiador que carrega no nome, a revistinha dá seu recado de lambe-botas ao papai Eike, fazendo lobby pelo novo empreendimento do mais novo filhão bom-moço do país.


É uma situação um tanto quanto caricata, e que merece sérias e detidas análises sociológicas, políticas, econômicas – e quiçá antropológicas – sobre a revista, seus realizadores, leitores e outros agentes mais. Mas ler toda a ‘matéria’ foi o suficiente e pretendo, portanto, tratar de um aspecto que pode passar desapercebido ao olhar desatento e desacostumado ao furor da grande imprensa brasileira.


O caso é que, no Brasil, a palavra democracia é uma beleza, mas o conceito é uma mentira. Não demoro a explicar:
ponto 1: em democracias reais, todo cidadão tem os mesmos direitos e deveres.
ponto 2: na nossa democracia, um mega-empresário, por exemplo, pode contribuir com quantos milhões estiver disposto à campanha eleitoral de um candidato à presidência. Este mega-empresário, ao contrário do que muitas vezes se diz por aí, vai cobrar deste candidato, se eleito, contrapartida ao seu aporte financeiro, que em se tratando das eleições brasileiras, definidas em maior escala pelo espetáculo midiático (que realmente custa muitos milhões de reais), é indispensável para a vitória eleitoral.
ponto 3: este poder direto sobre as eleições o possuem pequeníssima parcela da população de cidadãos comuns do Brasil.


conclusão: alguns cidadãos, devido a sua condição financeira, possuem mais poder sobre o processo eleitoral, que define em grande medida a pauta política do país.


O empresário Eike Batista é um síbolo deste exemplo. O que diz a revistinha sobre ele:
“Eike Batista é tradicionalmente um mão-aberta nas campanhas eleitorais. Em 2006, doou 1 milhão de reais à campanha de Lula e mais 3,4 milhões de reais a outros onze políticos, como Roseana Sarney, Sérgio Cabral e Cristovam Buarque. Suas doações têm a particularidade de ser na condição de pessoa física, e não em nome das suas companhias, como é a prática do empresariado. E, agora, o que fará Eike? Decidiu doar 2 milhões de reais às campanhas de José Serra e Dilma Rousseff (metade para cada uma delas). Abrirá o cofre também para várias campanhas nos estados em que seu grupo atua.”


Ora, ora! Que coincidência atroz! Abriu o cofre para campanhas nos estados onde seu grupo atua. Claro, depois de consumada a eleição, com seus lacaios já em seus postos de governo, Eike envia a fatura: uma aprovaçãozinha aqui, uma concessãozinha ali, uma flexibilizaçãozinha acolá, e aí está a sentença condenatória daquilo que entendemos conceitualmente como democracia. Ilustração: nos útlimos sete anos, o minerador conseguiu 108 licenças ambientais. O Eike Batista, que não possui cargo público nenhum, não foi escolhido como representante de ninguém, que formalmente não possui poder político algum, na prática, tem muito mais poder político que eu, você, meus vizinhos, seus vizinhos e todas as nossas famílias. Juntas. Não sou eu quem digo, é o próprio: ”nossos projetos estão em vários Estados e não vão ficar parados por questões políticas”.


Logo, melhor do que a palavra democracia, o que define o nosso sistema de governo poderia ser capitalcracia, ou mesmo democracia burguesa, onde quem detém o dinheiro (ou, em outras palavras, os meios de produção) detém também o poder. Veja você que Eike Batista foi competente ao garantir seu espaço nas reivindicações ao governo. Fez doações de campanha aos dois únicos concorrentes reais do pleito presidencial, que, sendo igualmente representantes dos interesses da burguesia (com detalhes e pormenores diferenciando-os), não hesitaram em aceitar o ‘empréstimo’, dispostos a pagar depois com este salgado preço: afogar o processo democrático.


A partir deste entendimento, traço um raciocínio lógico e bastante simples: eu poderia doar 10 reais à campanha da Dilma. Isso não seria nenhuma garantia de atendimento aos meus interesses particulares, como, por exemplo, uma permissão para instalar uma modesta banquinha de frutas em local proibido da praia de ipanema – que trabalho anda difícil de se conseguir, e de vez em quando é preciso comer. Tenho certeza que a “coordenação inédita entre as polícias e os governos municipal, estadual e federal”, encarnados na política de segurança pública do Rio de Janeiro, não tardaria em me agredir como bandido que traz o caos à cidade. Está aí o implacável Choque de Ordem para comprovar.


Eu poderia, com grande esforço, doar 100 reais à campanha. Igualmente, de nada me adiantaria.


Na prática eu não poderia, mas admitamos hipoteticamente que eu pudesse doar 10 mil reais à campanha da atual presidente. Possivelmente a coisa mudaria de figura, e talvez uma banquinha de frutas já fosse viável – embora eu ache que o investimento não fosse tão inteligente.


Imaginemos, pois, que eu pudesse doar 1 milhão à campanha de Dilma Roussef à presidência da República. A campanha custou, ao todo, 177 milhões de reais. Minha contribuição seria de cerca de 0,5% de todo o dinheiro gasto. Não é pouco se pensamos que o país possui cerca de 190 milhões de pessoas ‘iguais’. Não tenho dúvida alguma que muitas regalias me seriam oferecidas em troca.


Então, comprovado o fato de que quem possui poder financeiro possui poder político, passo adiante (embora esteja voltando àquele assunto primeiro). Sendo Eike Batista o homem mais rico do Brasil, com fortuna avaliada em mais de 30 bilhões de dólares, acumula também, na boca pequena, o título nada desprezível de homem mais poderoso do Brasil. O homem que possui mais poder de influenciar a cena política, embora não tenha nenhuma ligação institucional com nenhuma instância de governo.


Voltemos ao rapaz Thor. O grande título que até agora foi capaz de angariar é o de ‘Herdeiro de Eike’, o menino que arrendará toda a fortuna que o pai criou a custa de muita exploração de trabalhadores comuns. No dia em que Eike Batista morrer, automaticamente o primogênito será detentor da maior fortuna do Brasil (e talvez do mundo, já que o pai recentemente manifestou sua intenção de brigar pelo topo do ranking promovido pela revista Forbes) e ocupará o trono do pai, vai passar a influenciar determinantemente a vida pública do país. Vamos, pois, aos fatos.


Teremos como a pessoa mais poderosa do Brasil um homem que nunca leu um livro inteiro. Só se interessa por leitura sobre carros e fisiculturismo. Uma pessoa que não sonha em imaginar o que é uma necessidade. Cujo maior ídolo é o ator Arnold Schwarzenegger, seguido pelo próprio pai. Certamente nunca andou de ônibus na vida.


Não é possível que seja apenas um devaneio meu. Há alguma coisa de muito errada nesse mundo. Nossa memória social, recortada pelos jornais, nos fará repetir novamente erros que estão aí, à disposição da revisita, como serventia e salvaguarda de nosso futuro. Lembro-me das aulas de história na escola onde me formei, da comoção que me causou saber que um rapaz de 15 anos, foi, certa feita, nomeado imperador do Brasil. Lembro dos déspotas esclarecidos, trogloditas ignorantes que governavam desde e para dentro de seus gigantescos palácios. Ou dos monarcas absolutistas, empenhados em melhorar sua vida e manter o poder, às custas do sangue do povo.


O que mudou? Agora, no lugar da linhagem e da vontade divina, temos o dinheiro e as intenções do Capitalismo. A barbárie se modernizou, trocamos simbologias, bandeiras e hinos, mas o mundo continua afogado no mar dos interesses escusos das classes dominantes. No lugar de um Príncipe de Sangue Azul, aceitaremos em nossa moderníssima era um Príncipe de Saldo Azul, azulíssimo, nas suas contas espalhadas pelo mundo, nos seus meios de produção que aprisionam a vida de milhares e milhares de homens que suam suor de verdade, sangram sangue rubro e trabalham, e trabalham e trabalham para mal-sobreviver. É terrível constatar que não se trata de novidade, de caso inédito, de conjugação única do acaso. O próprio gibi responsável pela publicação que motiva este artigo já trabalhou muitas vezes nesta tarefa, de promover toda a sorte de figuras bizarras ao poder: genocidas, torturadores, marajás, exploradores, opressores. Não é digna de surpresa a tônica heróica da reportagem sobre Thor Batista. O rapaz possui nome de Deus, bíceps de quarenta e cinco centímetros e, a se julgar pelas informações disponíveis, um cérebro pouquíssimo desenvolvido.


O que mais a Veja – e junto com ela a burguesia em crise precisando de favores, os mega-empresários precisando de licitações, os corruptos precisando livrar suas caras – poderia pedir aos céus? Que venham os trovões da moderna barbárie.


junho 15, 2011

A sabedoria da natureza - Bambu


"Pouca gente no mundo já viu sementes de bambu. O bambu leva cerca de vinte anos para florir e produzir sementes. Algumas espécies podem demorar até cem anos para dar sua primeira florada! Isso significa que quatro gerações de seres humanos podem viver sem jamais ver suas flores e sementes.
Como se percebe, o bambu não tem pressa nenhuma para fazer o que tem de ser feito..."

Mário Jota

junho 11, 2011

Brasil: 12 de junho, Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil

"Grande é a poesia, a bondade e as danças.
Mas o melhor do mundo são as crianças." (Fernando Pessoa)




Por Cristiano Morsolin (*)
http://www.selvas.org/


Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra. O PETI (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil.


Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.


Perfil do trabalho infantil no Brasil


O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.

A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais, segundo dados do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos.

Trabalho infantil diminui 33% em oito anos, mas números ainda preocupam.

Curiosamente o trabalho infantil no Brasil vinha caindo consideravelmente nas duas última décadas, porém os indicadores tem apontado que a situação voltou a agravar nos últimos cinco anos pelo menos. Sobretudo nas regiões mais distantes e na região litorânea do País.



O que se deve a essa volta do crescimento das mais variadas formas de trabalho e exploração de mão de obra infantil? São várias as justificativas apontadas pelo Movimento da Infância e também pelos especialistas que acompanha essa situação, passando pelas formas mais tradicionais de exploração (trabalho doméstico, pedreiras etc.) até formas mais modernas como exploração sexual turísticas e trafico de drogas etc.


Devemos olhar esse dia de Campanha como mais um elemento fortalecedor no combate a essa prática vexatória e degradante de nossas crianças e adolescentes, mas também devemos incidir sobre as autoridades públicas para investir mais na prevenção e no fortalecimento das famílias brasileiras mais pobres. Imaginamos que dos universos dos 16,2 milhões de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza, foco do novo programa do governo federal, todas as crianças e adolescentes estão expostos aos mais variadas formas de trabalhos infantis.


Um outra providencia necessária e urgente que os movimentos sociais de defesa dos direitos de criança e adolescente enfrenta é, fazer o governo brasileiro prestar as informações regulares ao Comitê Internacional dos Direitos da Criança da ONU através da elaboração do Protocolos Facultativos, sobremaneira que os dados levantados para esses protocolos sejam confiáveis e possibilita a implementação de políticas públicas que fortaleçam essa luta.


Os investimentos públicos nas diversas áreas da infância no Brasil ainda acontecem de forma desarticulados, eles não se somam e as ações articuladas interministerialmente ainda é bastante precários, um bom exemplo disso é o que acontece com o PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) do governo federal e que é repassado para os municípios, o que vemos muitas vezes é falta de fiscalização e exigência de cumprimento das metas e dos objetivos deste programa sem diálogo com as outras áreas da política.


Por fim, 12 de junho deve mesmo servir como um momento forte e mobilizador para que possamos dar conta de interromper esse ciclo vergonhoso em nosso País. Mas esta luta é cotidiana e deve ser feita diariamente com a construção de ferramentas efetivas de combate a exploração do Trabalho Infantil”.
(...)

Não é nenhum segredo que as economias dos países pobres devem explorar a criança até a exaustão de recursos para fazer sobreviver, as famílias e que a deslocalização de processos de produção coloquem em concorrência entre eles os países mais pobres, forçando-os a baixar o preço do trabalho e também a idade dos trabalhadores.


No Brasil, o trabalho infantil submerso, ou seja, as fábricas clandestinas, que especialmente no sul, costuram roupas em porões escuros, ou a exploração da prostituição infantil, ou menores como agentes do crime organizado, são todos fenômenos em crescimento e dos quais se fala apenas em termos de repressão.


A economia liberalista alargou o âmbito da exploração do trabalho até incorporar no seu seio as “zonas cinzentas” da economia criminal abrangendo um amplo espectro de novas formas de exploração infantil: a pornografia na internet, a exploração sexual em países do terceiro mundo com passeios organizados, transplante ilegal de órgãos e crianças-soldados. São as “novas fronteiras” do trabalho infantil, em constante crescimento, como demonstrado pelas estatísticas e as notícias que nos entregam cada vez mais frequentes episódios de crianças tratadas e vendidas antes mesmo do nascimento.


(...)


O problema do trabalho infantil é complexo. Pensar na sua abolição numa sociedade onde reina a mercadoria, é uma fábula e defendê-lo em nome do protagonismo infantil pode ser um impeditivo para que se fortaleçam as discussões referentes a alternativas concretas para as crianças deixar o trabalho. Estas alternativas passam por uma justa distribuição de renda, acesso a uma boa educação, escola adequada.


(*) Cristiano Morsolin, operador de redes internacionais para a defesa dos direitos da criança na Amé

Leia na íntegra aqui : http://www.consciencia.net/brasil-12-de-junho-dia-nacional-de-combate-ao-trabalho-infantil/

Um povo ignorante é instrumento cego de sua própria destruição ( Simón Bolívar )










junho 10, 2011

Chuva e vento em Belo Horizonte.

 
O tempo virou até na capital mineira nesta quinta-feira (9/06/11). Após provocar estragos em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, a linha de instabilidade avançou para norte organizada, onde a Região Metropolitana de Belo Horizonte foi afetada. De acordo com a Defesa Civil, mais de 20 árvores foram derrubadas em diversos pontos da capital. Já em Contagem, além de queda de árvores, sinais de trânsito foram danificados, bem como casas destelhadas.

Nas rodovias, o tempo severo também provocou transtornos. Parte da BR-040 que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro ficou bloqueada nos dois sentidos na altura da cidade de Nova Lima. O vendaval derrubou muitas árvores sobre as pistas.
 
Fonte:  www.deolhonotempo.com.br

Façamos hoje o mesmo gesto



Façamos hoje o mesmo gesto delicado
dos nossos avós
em memória dos princípios que regem
o propósito antigo
de plantar uma árvore onde havia outra árvore
no chão que persiste

o projecto lhano do destino
de ir substituindo gerações por outras gerações
sobre a terra.

Façamos esse mesmo gesto delicado
em memória dos nossos avós
e do seu propósito antigo de reger-se
por processos que persistiram desde os antigos

que plantavam árvores para a ventura
de ver a terra coberta de flores e seus frutos
para seus filhos

filhos de seus gestos antigos dedicados
de ir plantando árvores
sobre a terra.

Vieira Calado


http://vieiracalado-poesia.blogspot.com/

junho 08, 2011

Sun Jar Luminária Solar


Sol em jarra.

Se você bateu o olho na foto e imaginou cookies deliciosos lá dentro, reveja a imagem. Neste pote só tem lugar para a luz do sol. Isso mesmo, ele possui um painel interno que capta a luz solar e a transforma em energia, que é armazenada em uma bateria e pode ser ligada a qualquer momento. Ideal para quem gosta de acampar ou quer uma luz indireta na varanda e no jardim de casa. Assim, de dia ela armazena a luz e de noite está pronta para ser usada. Boa alternativa também para quem gosta de deixar uma luz acesa no corredor ou no quarto durante a madrugada. Economiza energia e a consciência fica limpa. A SunJar possui o selo ROHS - Restriction of the Use of Certain Hazardous Substances (Restrição de Certas Substâncias Perigosas), que certifica a ausência de materiais tóxicos no produto, diminuindo os riscos ao meio ambiente ao ser descartado. Ela ainda é à prova d’água e fácil de limpar. A luz acende no escuro ou com o painel solar coberto, desde que o botão ligar/desligar esteja acionado. O tempo de carga é de cerca de 3 horas e, depois de totalmente recarregada, a Sun Jar Luminária Solar dura 5 horas acesa.



Todo produto com placa solar precisa de um dispositivo, que utiliza algum tipo de bateria, para armazenar a energia. A Sun Jar utiliza uma pilha AA recarregável. Para garantir menor impacto no meio ambiente, sugerimos que a pilha seja descartada de maneira responsável, em pontos de coleta específicos para tal.


Aqui:
http://br.greenvana.com/Produto/Inovacao/Solares/Importado/Sun-Jar-Luminaria-Solar.aspx?utm_source=facebook&utm_medium=ads&utm_term=segmentado&utm_content=sunjar&utm_campaign=inovacao
 
 
Energia Limpa



É uma energia menos poluente, gerada por fontes renováveis como o movimento da água, a luz solar e o vento.





junho 03, 2011

Energia Nuclear: Fukushima reascende debate sobre a segurança das usinas


Apesar do grave acidente no Japão, o governo brasileiro prepara a construção de quatro novas centrais nucleares e conclusão de Angra 3 com orçamento de R$ 40 bilhões.


O desastre na usina de Fukushima Daí-ichi, no Japão, tomou dimensões catastróficas e reascendeu o debate sobre energia nuclear em todo o mundo. Os argumentos mais comuns são conhecidos: os defensores atestam que esta é uma fonte de energia elétrica limpa, que gera energia de baixo custo, sem ocupar grandes áreas, como no caso das hidrelétricas. Já os críticos às usinas nucleares afirmam que a opção é perigosa e cara, dados os altos investimentos necessários para sua construção, destacando que os rejeitos (o ‘lixo nuclear’) são um problema sem solução. O que poucas pessoas debatem, porém, é o programa nuclear brasileiro – uma herança da Ditadura Militar que permanece como um assunto a ser tratado nos gabinetes do governo e gera polêmica entre os atores da área.
Uma sondagem do IBOPE Inteligência*, realizada após o acidente no Japão, mostrou que 54% dos brasileiros são contrários ao uso da energia nuclear para gerar eletricidade no País. As propostas do governo, por outro lado, preveem a instalação de 50 usinas nucleares nos próximos 50 anos, sendo 5 delas em curto prazo, com a conclusão de Angra 3 e a construção de quatro novas centrais, sendo duas delas na região Nordeste, com prioridade, e outras duas no Sudeste.


As perspectivas de expansão geram polêmica. Para Heitor Scalambrini Costa, físico e professor da Universidade Federal de Pernambuco, o acidente de Fukushima foi uma alerta para a humanidade. “Apesar dos renovados esforços da indústria nuclear em apresentar-se como segura, acidentes em instalações em diversos países continuam a demonstrar que esta tecnologia é perigosa, oferecendo constantes riscos que podem trazer consequências catastróficas ao meio ambiente e à humanidade”, avalia.


A tragédia no Japão reacendeu também as críticas em relação ao projeto de Angra 3, com construção em curso no Rio de Janeiro. Isto porque, o projeto original, cuja licitação foi realizada em 1983, não passou por uma revisão antes de ser implementado e, por isso, é acusado de ser obsoleto, portanto, mais arriscado. Por um lado, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, tem reiterado que o projeto é seguro e se tornou defensor de Angra 3 e da expansão na frente nuclear. Por outro, pessoas ligadas ao setor alegam que o governo não fez a revisão para evitar gastos e porque, se o projeto fosse alterado, a licitação para construção da usina teria que ser refeita. Com isso, a empresa Andrade Gutierrez, entre outras, poderia perder um contrato bilionário.


 Débora Prado
Revista Caros Amigos
















Entrevista Michael Löwy:


"A 'flexibilização' do código florestal é um bom exemplo desta avidez do lucro que ameaça levar à destruição da floresta Amazônica"
Por Débora Prado

Nascido no Brasil, formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, o sociólogo Michael Löwy vive em Paris desde 1969. Autor de diversos livros, é organizador do livro Revoluções (Boitempo, 2009), que inspirou a multi-exposição Revoluções, aberta ao público até 03/07, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Nesta entrevista ao site da Caros Amigos, ele avalia o potencial revolucionário de movimentos latino-americanos e das revoltas no mundo árabe, comenta a flexibilização do código florestal brasileiro, o assassinato de militantes do campo e as grandes obras hidrelétricas. Confira. 

Caros Amigos - No projeto Revoluções, o sr. afirma que as revoluções nunca se repetem e, por mais que se possa aprender com as anteriores, sempre há um processo de inovação que é imprevisível. O sr. diria que há um processo de inovação na América Latina? Existe uma revolução bolivariana em curso?
Michael Löwy - Existem hoje em dia na América Latina vários movimentos sócio-políticos com vocação revolucionária. O exemplo mais evidente é o Exercito Zapatista de Libertação Nacional, que mostrou uma notável capacidade de inovação, com várias iniciativas que tiveram repercussão internacional. Basta mencionar a Conferência Intergalactica de Chiapas em 1996, que foi o ponto de partida do movimento altermundialista. Outros movimentos com capacidade de inovação são os piqueteiros e as ocupaçôes de fabrica na Argentina, os movimentos indigenistas, em particular na região andina e o MST brasileiro.
Existem também governos com um programa de ruptura com a oligarquia, com a dominação imperialista e com o neo-liberalismo, mas é cedo ainda para se falar em « revolução ». O exemplo mais interessante é no momento a Bolivia de Evo Morales ; o processo bolivariano da Venezuela com Chavez, e a « revolução cidadã » de Rafael Corrêa no Equador são mais contraditórios, com avanços e recuos.

Caros Amigos - As transformações no mundo árabe podem ser entendidas como o começo de uma revolução? Por que?
Sem dúvida assistimos na Tunísia e no Egito a uma autêntica revolução democrática e popular, derrubando regimes ditatoriais corruptos e opressores. É um belo exemplo de inovação, as formas de luta e de auto-organização são inéditas e inesperadas. Da capacidade dos trabalhadores, da juventude, das mulheres, de se organizarem de forma autônoma vai depender o futuro deste processo e o seu caráter revolucionário. Caros Amigos - Como a comunidade europeia tem encarado as transformações no mundo árabe?
Os dirigentes da comunidade européia manifestaram perplexidade diante destes movimentos, já que tinham, ja ha muitos anos, propiciado apoio político, econômico e militar a estas ditaduras do mundo árabe. No momento, sua maior preocupação é impedir o afluxo de imigrantes da África do Norte na Europa, intensificando o controle policial nas fronteiras. Caros Amigos- Em maio, é aniversário da Comuna de Paris. Como a Comuna influenciou a Europa? E a América Latina?
Precisaria de um livro inteiro para responder à esta pergunta… Todos os movimentos revolucionários do século 20, à começar pela Revolução Russa, foram influenciados pela Comuna de Paris. Hoje em dia se observa, na Europa e talvez em outros continentes, um interesse renovado pela Comuna de 1871, pelo seu caráter profundamente democrático, pluralista, libertário e internacionalista.

Caros Amigos - Nas últimas semanas, a proposta de flexibilização do código florestal causou polêmica no Brasil. Você avalia que seja possível promover uma exploração capitalista sustentável, como pregam os defensores do novo código?
Um “capitalismo sustentável” é tão provável como um crocodilo vegetariano… A lógica intrinsecamente perversa de expansão ilimitada e de acumulação infinita do capital conduz inevitavelmente à destruição do meio ambiente e à catástrofes ecológicas como o aquecimento global. A “flexibilização” do código florestal é um bom exemplo desta avidez do lucro que ameaça levar à destruição da floresta Amazônica, um desastre de proporções planetárias. São os mesmos que mataram Chico Mendes e Dorothea Stang, e mais recentemente o casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva: todo e qualquer obstáculo à exploraçâo/destruição da floresta tem de ser eliminado…

Caros Amigos - A preservação ambiental precisa ser colocada no centro das plataformas de transformações sociais? Por que?
Porque as condições de vida, a saúde e a própria sobrevivência da população depende de se preservar os equilíbrio ecológicos. Todo programa de transformação social ou de luta contra o neoliberalismo tem portanto de incluir a questão ecológica como um aspecto essencial. Se deixarmos que continue o « business as usual », dentro de dez, vinte ou trinta anos sofreremos as dramáticas consequências da mudança climática. De fato, desde ja se fazem sentir os primeiros efeitos do aquecimento global, com a ameaça da sequia que pesa sobre a Europa, a África e outros continentes. Por isto somos muitos a colocar como horizonte histórico da luta pela transformação social o ecosocialismo, a síntese dialética entre a revolução social e a ecologia.

Caros Amigos - O sr. avalia que Brasil tem priorizado grandes obras – como novas centrais nucleares e mega hidrelétricas – a agenda ambiental? Se sim, que riscos isto representa?
A energia hidrelétrica deve ser utilizada, mas não desta forma, com megaprojetos (Belo Monte!) a serviço da indústria de exportação de alumínio, destruindo imensas áreas de vegetação. É pena que o governo brasileiro, em vez destes projetos faraônicos - que vem da época da ditadura militar – de centrais nucleares e mega-hidrelétricas, com consequências ambientais profundamente negativas, não desenvolve as energias alternativas, eólica, solar. Não falta sol no Brasil, o pais poderia ser um dos pioneiros mundiais no campo da energia solar.

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