abril 04, 2011

Maracujá, na língua tupi, quer dizer "alimento dentro da cuia".



O maracujazeiro é uma fruteira amplamente conhecida pela sua importância alimentar.
 O seu principal uso está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geléias, sorvetes, licores etc.
 O seu suco é uma boa fonte de vitamina A (2.400 mg/100g) e C (30 mg/100g) além daquelas do complexo B, B1 (0,003 mg/100g), B2 (0,13 mg/100g) e B5 (2,42 mg/100g).
É rico em minerais como cálcio (13,0 mg/100g), fósforo (1,7 mg/100g), e ferro (1,6 mg/100g).

Além disso, possui várias propriedades terapêuticas, com valor medicinal nas folhas e na polpa que contem a passiflorina, um sedativo natural, além da calmofilase e maracugina. O seu uso como medicamento é um hábito utilizado pela humanidade há muito tempo.

A primeira referência ao maracujá, no Brasil, foi em 1587 no Tratado Descritivo do Brasil como "erva que dá fruto".

O Brasil é o maior produtor mundial e apresenta uma produção de 330 mil toneladas, e uma área de aproximadamente 33 mil hectares, onde se cultiva o maracujá amarelo (Passiflora edulis Sims f flavicarpa Deg.) com cerca de 95% dos plantios e o maracujá doce (Passiflora alata Dryander) apenas 05%. O Estado da Bahia é o principal produtor, em seguida, o Estado de São Paulo, Sergipe e Minas Gerais.

Maracujá
do livro "Kupahúba" de Márcia Theóphilo
                               Ao chegar a noite, embalando-se
                               entre suas folhas longo-ovais
                               apaixonei-me quando a vi florescer
                               flores, estrelas vagantes, vistosas
                               hermafroditas, maracujá-cobra
                               maracujá amarelo, maracujá-açú
                               separou-se de seu caule, cilíndrico delicado
                               perde para sempre sua flor, as suas suplicas
                               não foram atendidas, coberta de folhas
                               verde som suave desaparece,
                               iluminando seus ramos, a flor
                               nos primeiros ritmos da manhã
                               entre tambores e canto de pássaros,
                               grilos. Morreu fazendo nascer o fruto
                               a floresta, abriu seu solo
                               e a recebeu em sua enorme boca
                               no Kuluené, Grande Xingu
                               entre as ondas, as suas pétalas

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