fevereiro 01, 2010

Direitos Humanos

Padre António Vieira(1608-1697)padre.png
Nasceu em Lisboa, a 6 de Fevereiro de 1608. Fernando Pessoa chamou-lhe”Imperador da Língua Portuguesa”.Tudo quanto disse ou escreveu continua actual.
Hoje achamos natural sermos livres e todos defendemos os nossos direitos, mas no séc.XVII este escritor, pregador e educador soube usar a Língua Portuguesa para lutar pelos direitos dos índios, negros, escravos, judeus, cristãos novos e de todos os que viam os seus direitos desrespeitados. Viveu entre Portugal e o Brasil e na sua luta apenas usou uma arma, a Língua Portuguesa. Lutou arduamente pelos direitos do homem, de todos os homens. Foi perseguido e condenado ao silêncio por isso.
Não te parece espantoso que tantos séculos depois vivamos num planeta onde em tantos lugares estes direitos são desrespeitados? E que o respeito pela vida e pelo ambiente continue a ser reconhecido mas não praticado a ponto de colocar o homem, enquanto espécie, na mira da extinção?
Disse o padre António Vieira , em 1643 no sermão do mandato, “(…)Os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho(…) o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto(…)Mas sobre qual amor? Sobre o amor humano, que é fraco… “
Como conhecia bem a humanidade! Aquecimento global, destruição das florestas, extinção de espécies e do património cultural, campos de refugiados, fome, guerra, etc… são causas que indignam, chocam e preocupam. O tempo , como disse este escritor,vai entretanto tirando a novidade à coisa e os problemas vão parecendo longínquos. Sabemos que existem mas esperamos que alguém um dia os resolva. Por isso a Educação Cívica responsável e actuante é tão urgente.

Albertina Oliveira

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