março 21, 2010

Floresta da Tijuca

 
Preocupado com a falta d’água que afetava a cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro II mandou plantar a Floresta da Tijuca em 1861, sendo este o primeiro exemplo no Brasil, de reconstituição de cobertura vegetal com espécies nativas.
Quando a cidade começou a crescer com a chegada da família real, as florestas e matas circundantes começaram a ser devastadas para plantio, e suas madeiras eram usadas, para lenha e carvão. Com as plantações de café a coisa piorou ainda mais e até as encostas das montanhas foram devastadas. Por quatro vezes seguidas, na primeira metade do oitocentos, o Rio de Janeiro foi castigado por secas e com a devastação das matas houve um comprometimento das nascentes dos rios.

Um trabalho planejado, com a desapropriação prévia, desde 1854, de terrenos, sítios e propriedades onde estavam as nascentes, foi iniciado visando o reflorestamento com espécies nativas. Logo no primeiro ano, o administrador da floresta plantou 13.500 mudas.

Apesar da forma pouco técnica e pouco científica com que o trabalho foi realizado durante longos anos, apesar da incompreensão dos órgãos públicos que cortavam as verbas sempre, no final do século já haviam sido plantadas 90.000 árvores e havia "nascido" uma magnífica floresta que hoje emoldura e protege a cidade do Rio de Janeiro e que foi transformada neste século, em parque municipal, tornando-se num dos lugares mais visitados pela população local e pelos turistas.


Descrição:

É a maior floresta artificial do mundo, também é a maior em área urbana. Compõe-se de 3 grandes conjuntos de matas separados por eixos rodoviários que lhe permitem acesso fácil e rápido a partir dos bairros com que faz fronteira: Tijuca, Botafogo, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado, Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Grajaú, Vila Isabel, Rio Comprido e Laranjeiras.

Com muitos pequenos animais vivendo livremente em área de mata fechada, possui rios, quedas d'água, lagos, mirantes, pontos de parada com mesas e "play-grounds" etc..

Entre seus muitos destaques estão o Açude da Solidão, o Bom Retiro, a Capela Mayrink, a Cascata Gabriela, a Cascata Taunay (Cascatinha), o Excelsior, a Gruta Paulo e Virgínia e a Gruta Luiz Fernandes.

É uma área de lazer pela qual se pode passear a pé, de bicicleta, motocicleta ou automóvel; a observação a partir de aviões ou helicópteros é permitida, mas vôos rasantes (menos de 300 m de altura) não são permitidos em nenhum dos parques nacionais do Brasil. Escaladas e pique-niques são atividades permitidas. O ingresso de animais domésticos (cães, gatos, cavalos etc.) não é permitido.

Sendo área de proteção ambiental, não são permitidos atos que possam perturbar o sossego dos animais ou causar qualquer outro prejuízo ao meio-ambiente, como jogar detritos nas matas, usar objetos sonoros que perturbem o ambiente, coletar espécimes de qualquer natureza (animal, vegetal ou mineral), caçar ou pescar, perseguir animais, fazer fogueiras, lavar automóveis etc..

É o segundo menor parque nacional do Brasil, com área aproximada de 3300 ha (33 Km²).

Embora seja muito conhecido como Floresta da Tijuca, na verdade a Floresta da Tijuca é apenas uma das muitas partes que compõem o Parque Nacional da Tijuca.

Renata Moraes

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